23.4.13

Aleijadinho


Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, (Ouro Preto, ca. 29 de agosto de 1730 ou, mais provavelmente, 1738 — Ouro Preto, 18 de novembro de 1814) foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial.
Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.
Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar destacado na história da arte do ocidente.

Aleijadinho, Cristo, Congonhas, Minas Gerais, 1780-90

Aleijadinho (b. Antônio Francisco Lisboa; 1730 or 1738 – November 18, 1814) was a Colonial Brazil-born sculptor and architect, noted for his works on and in various churches of Brazil.
Born in Vila Rica (Rich Town), whose name was later changed to Ouro Preto (Black Gold), Minas Gerais, Brazil, in 1738 (sometimes said to be in 1730) he was the son of Manuel Francisco da Costa Lisboa, a Portuguese man and his African slave, Isabel. His father, a carpenter, had immigrated to Brazil where his skills were so in demand that he appears to have been elevated to the position of architect. When Antonio was young his father married and he was raised in his father's home along with his half siblings. It was there he is presumed to have learned the fundamentals of sculpture, architecture and the combination of the two. Antonio first appears as a day laborer working on the Church of Our Lady of Carmel in the town of Ouro Preto, a church designed by his father.
Within a very short time he had become a noted architect himself and had designed and constructed the Chapel of the Third Order of St. Francis of Assisi in Ouro Preto. He had also executed the carvings on the building, the most notable being a round bas-relief depicting St. Francis receiving the stigmata.
As of 1777 he began to show signs of a debilitating disease, leprosy or scleroderma, and he received the name O Aleijadinho, "The Little Cripple." Although disfigured and disabled, he continued sculpting with a chisel and hammer tied to his fingerless hands.
Eventually he became more and more reclusive, working mostly at night. When he did go out in public, he would be carried through the streets in a covered palanquin by his slaves or assistants.

Ezequiel, Doze profetas de Aleijadinho (1795-1805), Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo, Minas Gerais

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos
Alexandre Machado

Habacuc e Jonas, pedra-sabão, 1800-5

Isaías
Einar Einarsson Kvaran

Né au Brésil, à Vila Rica (Ville Riche), dont le nom a plus tard été changé pour Ouro Preto (Or Noir), en 1738 (certaines sources donnent 1730), il était le fils de Manuel Francisco de Costa Lisboa, un charpentier portugais, et de son esclave africaine, Isabel. Son père avait immigré au Brésil, où ses talents étaient tellement en demande qu'il semble avoir occupé la position d'architecte. Lorsque Antonio était jeune, son père se maria et il fut élevé chez son père en compagnie de ses demis-frères et demi-sœurs. C'est là, suppose-t-on, qu'il apprit les bases de l'architecture, de la sculpture, et des combinaisons de ces deux disciplines. Antonio apparait pour la première fois comme journalier sur le chantier de l'Église de Notre-Dame du Carmel, à Ouro Preto, église conçue par son père.
En peu de temps, il devint lui-même un architecte de renom ; il conçut et construisit la chapelle du Tiers-Ordre de Saint-François d'Assise à Ouro Preto. Il réalisa également les sculptures de l'édifice, la plus remarquable étant un bas-relief circulaire représentant Saint-François recevant les stigmates.
C'est peu après que les signes d'une maladie invalidante, probablement la lèpre, se manifestèrent, et peu après encore, Antonio reçut le surnom sous lequel il est resté connu : o Aleijadinho, littéralement « le petit infirme ».
Après cela, il devint de plus en plus secret, travaillant essentiellement de nuit. Lorsqu'il sortait en public, ses esclaves ou assistants le transportaient dans les rues à bord d'un palanquin couvert.

Igreja São Francisco de Assis, Ouro Preto, Minas Gerais, 1766-71

Antonio Francisco Lisboa, conocido como el Aleijadinho (del portugués el "Lisiadito"), (Vila Rica, 29 de agosto de 1730 - id., 18 de noviembre de 1814) fue un escultor, imaginero y arquitecto brasileño.
Aunque no existen registros oficiales, se considera aceptado que nació en Vila Rica (hoy Ouro Preto), en Minas Gerais, hijo del maestro de obras portugués, Manuel Francisco da Costa Lisboa y de una esclava africana.
Su obra escultórica la realizó en distintos materiales, desde imágenes en madera hasta en esteatita, materia prima de construcción típicamente brasileña, empleada en las edificaciones de iglesias. La mayoría de sus trabajos son ejemplos notables del arte barroco y rococó en el Brasil.
Con aproximadamente cuarenta años de edad comenzó a desarrollar una enfermedad degenerativa de los miembros (tal vez porfiria, lepra, escorbuto, reumatismo o sífilis). Así, los movimientos y habilidades de sus manos se fueron reduciendo de forma gradual. Para poder trabajar, un ayudante le amarró las herramientas a sus propios miembros. De esta anomalía en su cuerpo vino su apodo, O Aleijadinho , "el Lisiadito". Murió pobre, en 1814. Es el mayor representante del arte de Minas Gerais y del Brasil colonial. Además es el mayor artista del barroco latinoamericano.

Anjo segurando o cálice, Santuário de Matosinhos

El arte brasileño de los siglos XVII y XVIII es indudablemente mucho más sensual que el hispanoamericano y ello posiblemente se deba a la carga magnética con que ha sido imbuído por el artista mulato.

Cristo no Horto das Oliveiras

Alejadinho
Museu Alejadinho
Galeria do Aleijadinho

Isaías, Santuário do Bom Jesus de Matosinhos
Adam Jones

Biografia. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (Vila Rica, atual Ouro Preto MG 1730 - idem 1814). Escultor, arquiteto, entalhador. É considerado o mais importante artista brasileiro do período colonial. Filho natural do arquiteto e mestre-de-obras português Manuel Francisco Lisboa e de uma de suas escravas, recebe do pai as primeiras noções de desenho, arquitetura e escultura. Provavelmente tenha recebido ensinamentos do desenhista e medalhista lisboeta João Gomes Batista (s.d. - 1788), que depois de trabalhar no Rio de Janeiro muda-se para Vila Rica, atual Ouro Preto, onde entre 1751 e 1784 exerce o posto de abridor de cunhos da Intendência e Casa de Fundição. É possível que Aleijadinho também tenha sido orientado por dois entalhadores: Francisco Xavier de Brito (s.d. - 1751), responsável pela execução da talha da Igreja de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, que por estar enfermo indica o pai de Aleijadinho para terminá-la; e José Coelho de Noronha, que no ano de 1758 trabalha na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté. Dois anos depois, nessa cidade, Aleijadinho realiza uma escultura de Nossa Senhora do Carmo e se responsabiliza pela execução dos altares laterais. Antes dos 50 anos, ele é acometido por uma doença degenerativa, que deforma e atrofia seu corpo, desencadeando a perda progressiva do movimento dos dedos das mãos e dos pés. Passa a trabalhar com os instrumentos atados às mãos por seus escravos, que o carregam até os locais de trabalho. Há muitas incertezas sobre sua vida. A primeira biografia do artista foi escrita em 1858, 44 anos após sua morte, por Rodrigo José Ferreira Bretas, baseada em documentos de arquivo e depoimentos. No conjunto de sua obra destacam-se os projetos das igrejas de São Francisco de Assis, em Ouro Preto e em São João del Rei, Minas Gerais; as 66 imagens de cedro dos Passos da Paixão e os 12 profetas de pedra-sabão, para o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais (Enciclopédia Itaú Cultural).